Quando quiseres podes-me arrancar
Do teu corpo melindroso
Com uma harmonia decrescente.
E quem sabe beijar as chamas
Frias dos cabelos.
Talvez até componhas ordenadamente
Fios de sangue sobre
O meu rosto
E rasgues
Violinos de cordas partidas,
Enquanto devoras
O meu coração,
Tal carnívoro esfomeado...
Até que serei
Um cadáver no mar
Com sal, sangue e veneno
Na boca,
Disperso na substância
Que me queima
As veias,
Insaciado, corrupto...
Como as tuas mãos,
Ávidas de lágrimas...
13 agosto, 2008
1 comentários:
Este está muito bom... Já vi que és um bardo do Eterno Triângulo... são fases... ;)
Abraço.
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